As consequências de hábitos extremamente prejudiciais ao seu carro e ao seu bolso!
Todo motorista tem seu jeito único de dirigir, embora as leis de trânsito e as regras de direção variem pouco de local para local. Aquele costume passado de pai para filho por gerações, o mito que de tanto ser repetido se tornou verdade e simplesmente manias que todos nós passamos a adquirir à frente do volante podem ser mais perigosas do que se imagina. Evite gasto excessivo de combustível, o desgaste da sua embreagem e de várias outras peças do seu veículo com as nossas dicas.
Descansar a mão no câmbio
É comum apoiar as mãos sobre o câmbio com o carro parado – e até mesmo em movimento. Toque no câmbio somente quando for mudar de marcha e o deixe livre no restante do tempo. O peso da mão força a peça que fica entre o câmbio e alavanca, chamado trambulador. Em algumas marcas, os veículos com câmbio automático apresentam um problema que pode ser descrito como uma folga na alavanca ou ainda pode causar problema nos contatos.
Descansar o pé na embreagem
Nada de apoio para os pés também! Manter pressão sobre o pedal da embreagem desgasta o disco e pode chegar a diminuir a vida útil da peça em até 50%. Seu bolso agradece se você retirar o pé da embreagem assim que engatar a marcha, e se lembrar de pisar nela até o fim para fazer a troca. Não atingir o fim do pedal também causa desgaste do disco da embreagem.
Não puxar o freio de mão
Deixar o carro engatado na primeira marcha pode até impedir que o carro ande (em superfície plana), mas não vai pará-lo em declives. Por isso, acione o freio de mão e depois garanta que o câmbio esteja na primeira marcha. Já nos carros com câmbio automático, deixar o veículo em modo P sem antes ter puxado o freio de mão desgasta a trava do câmbio, já que todo o peso do carro ficará apoiado ali. Ao parar o carro, antes de desligá-lo, coloque no modo N com o pé ainda no freio, puxe o freio de mão e aí sim, mude para P.
Dar tranco
É muito comum ver no dia a dia um motorista dando tranco no carro quando o mesmo para de funcionar. Prática antiga, porém muito prejudicial ao veículo. Ao recorrer ao tranco, corre-se o risco de pular o ponto da correia dentada e se ela sair da ordem pode entortar a válvula do cabeçote. O correto é fazer a transmissão de carga com cabos próprios para isso (usualmente conhecidos como cabo de transmissão, auxiliar e, mais popularmente, cabo para chupeta) ou realizar a troca. Por exemplo: para se ter uma noção do quanto um mero tranco pode causar dor de cabeça, em caso de um carro com 16 válvulas se a correia sair do comando será preciso fazer uma retífica do cabeçote que pode custar até R$ 2 mil a peça (marcas populares). Algumas marcas importadas e de luxo, só o cabeçote custa em média R$ 3.500.
Ligar e acelerar
Ao dar partida no veículo, evite a pressa de sair de imediato. Todo carro necessita de alguns segundos (em média 10) para aquecer e lubrificar o motor. O hábito de ligar o motor e logo acelerar desgasta o comando, o que gera problemas com a parte de cima do motor (peças como o tucho e balancim do comando de válvula).
Não acionar o freio quando parado
O trânsito congestionou e você está naquele ritmo de parar e acelerar em um espaço curto de tempo. Pode ser estressante, mas o correto é seguir exatamente nesse ritmo, pisando no freio quando o carro estiver parado e pisando no acelerador para colocá-lo em movimento. Muitos motoristas deixam o carro ser movido para frente apenas com a força da marcha engatada e, nos casos dos veículos com câmbio automático, com a força do câmbio. Essa prática é extremamente prejudicial pelos seguintes motivos: aumenta a temperatura da caixa, desgasta os materiais, causa problema nas válvulas solenóides e discos de acoplamento. Se precisar abrir o câmbio para conserto, o prejuízo pode facilmente passar dos R$ 10 mil.
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